"É a mais curta do álbum, não tem introdução - quer ser direta, objetiva,
honesta consigo mesma. Ali estou me redimindo - aliás, no álbum todo.
Os meus enganos, minhas recusas, minhas fraquezas... É onde coloco o
verbo no imperativo, reencontro a mim mesmo na potência da minha
vontade: cala-te, vaidade jocosa; ironia vulgar! Alguns poderiam se opor
dizendo "eu sei ser quem eu quiser". Noves fora a desonestidade dessa
falácia, o que dizem os outros, vejam bem, não me interessa." ("Entrevista - Iñaron")
Eu Só Sei Ser Quem Eu Sou
Ser honesto com os outros é mera consequência
De ser honesto para consigo mesmo
Se um pedaço de mim morrer
Outro, então, terá de nascer
Sofrer é tentar vestir-se de uma
Roupa que não cabe em você
E se ando no escuro, veja bem, este é
O meu caminho, ninguém precisa trilhá-lo
Tenho uma herdeira e tenho uma meta
Quero que minha morte me chegue na hora certa
Seguir além e acima – estou perto!
E assim, viver a vida no tempo certo
Pois,
Eu só sei ser quem eu sou!
A: Ora, vejam só! Mas que grande coisa: Um metido a nietzscheano, ou nietzscheano metido, tanto faz, no alto da sua torre de marfim aqui, no final do PSUL... Tome jeito, tome rumo, crie vergonha na cara rapaz!
B: Cala-te! Você me lembra a voz jocosa da minha vaidade, cheia de ironia vulgar. De toda forma, obrigado por não me deixar esquecer o que há em mim e que eu devo combater. Pois, eu sei muito bem quem e o quê eu sou e porque estou aqui!
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