quinta-feira, 30 de julho de 2015

08. A Ponte



"Uma ode a Zaratustra. Evoca novamente a mitologia grega e todo o seu universo de sentidos - absolutamente diverso da miserável moral hodierna. Nós somos mesmo um fim: o tempo, aquele rei, dá testemunho do nosso decaimento, mas não vou caluniar o sentido da Terra! Falando da música, o seu ritmo mesmo evidencia o trotar de quem avança por sobre um caminho sem volta. Apenas navegar..." ("Entrevista - Iñaron")

A Ponte 

Conhece-te a ti mesmo: torna-te quem tu és!
Lembre-se dos Titãs e de sua altivez!
És forte como Atlas, tome o mundo nas costas!
És visionário Prometeu, frua o destino que é teu! 


Pois, eu só posso te amar como uma ponte por sobre o mar
Apenas navegar em um rio turvo que ainda vai desaguar
Em tormento, um esquecimento, uma roda que gira sobre si
O vento que vai derrubar tudo o que há de carcomido nesses galhos!
A luz!, o calor! e o choque de um raio que vem nos partir
Para além de mim, para além de ti, por amor ao que foi e ao que deve vir
Pois, o homem é um fim – a vontade de morte sobre os ventos do norte
Triunfa por pouco – reconhecem os loucos – por um fio de ouro dos ventos vindouros
Mas tudo está em fluxo e somos um reflexo da força criadora de beleza do mundo
E até aquele que erra haverá de sentir-se grato pelo sentido da terra!
Pois, a história é uma mãe generosa e Gaia é uma deusa risonha!

Nenhum comentário:

Postar um comentário